terça-feira, 21 de julho de 2009

Veja o interior do Chevrolet Agile

O novo carro da Chevrolet, o Agile, teve seus detalhes internos divulgados pelo Argentina Autoblog. De acordo com o site, o carro estava estacionado na praça da cidade de San Antonio de Areco, no país vizinho, quando foi fotografado. Nas imagens, é possível ver alguns detalhes internos, como o desenho dos bancos, o volante de três raios, os difusores do ar-condicionado (redondos como no Celta) e o sistema de áudio com entrada USB.



Desenvolvido no Centro de Desenvolvimento de Veículos da Chevrolet brasileira, em São Caetano do Sul (SP), o modelo deverá ser produzido na planta argentina de Rosário e distribuído para o Mercosul. O Agile poderá ser equipado com os já conhecidos motores de 1,4 litro Econoflex e o veterano de 1,8 litro, que deverá sofrer alterações para gerar cerca de 125 cv de potência. Por enquanto, a GM não divulga as versões e nem a faixa de preços do compacto.



Fonte: Icarros

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Nissan Grand Livina deve conquistar por preço e atualidade


Ainda que tenha essas qualidades, nova minivan média do mercado carece de mais sofisticação
Quando elas começaram a ser feitas no Brasil, em 1999, as minivans médias prometiam conquistar o país. O formato inovador e versátil soou aos profetas de plantão como o fim dos tempos para as peruas. A questão é que as peruas têm uma dirigibilidade melhor, ainda que não sejam tão versáteis. O que o consumidor quer não é um tipo único de veículo. Ele quer opções. Quando o segmento das minivan médias deixou de ser novidade, tanto consumidores quanto as montadoras pareceram ter perdido interesse por ele. Basta ver que os modelos que o compõem sofriam apenas mudanças sutis, quando muito. Era assim. Pelo menos até a chegada da nova Nissan Grand Livina.


A minivan não chega a ser tão diferente da Livina, que é chamada pela Nissan de minivan compacta. A verdade é que a Livina é uma minivan média vendida a preço de compacta, uma estratégia que a Renault segue com Logan e Sandero. É por isso que o acréscimo de 24 cm em seu comprimento, que deu origem à Grand Livina, permite tranquilamente chamar o novo produto de médio. O entreeixos das duas minivans, de 2,60 m, é o que serve de critério para esta classificação.


Um desavisado poderia achar que é o número de lugares das duas (a Livina tem cinco lugares, enquanto a Grand Livina tem sete) que as diferencia, mas a Nissan quis ir alem. A Grand Livina, por exemplo, vem apenas com motor 1,8-litro, ao contrário do modelo menor, que também oferece o motor 1,6-litro de origem Renault.



A Grand Livina também é mais sofisticada. Os bancos em couro, por exemplo, são franzidos, o que pode dar uma sensação a mais de sofisticação, mas talvez só sirva mesmo para dificultar a limpeza dos bancos. O interior escuro também passa uma ideia de maior sobriedade, como se o modelo maior tivesse de ser mais sisudo.


A maior sofisticação do Grand Livina também se reflete na oferta de comandos digitais para o ar-condicionado, mas se limita a estes aspectos estéticos. Elementos mais fundamentais foram infelizmente deixados de lado, todos sob a mesma desculpa: não seria preciso bulir com eles. Será, mesmo?


O banco do motorista e os cintos, por exemplo, não têm regulagem de altura. Segundo a Nissan, uma senhora de 1,50 m e um rapaz de mais de 2 m de altura conseguiram se acomodar bem no carro.


Em algumas, o cinto pode ficar abaixo do ombro ou perto demais do pescoço, o que torna seu uso incômodo. Em se tratando de um elemento tão importante, isso não poderia acontecer de jeito nenhum, ainda mais em um veículo que se pretende sofisticado.



Além da questão da segurança passiva, há também outros aspectos nos quais as regulagens de altura de cinto e de banco também influenciam, como a visibilidade. Gente alta frequentemente tem dificuldade em visualizar o semáforo, por exemplo. O teto do carro tampa a visão. Outro elemento é sensação de que o carro pode ser ajustado até as mínimas necessidades de seu motorista.

Essa possibilidade faz o carro parecer de um nível superior, mesmo que o comum das pessoas não saiba nem mesmo se os volantes de seus carros têm regulagem de altura ou de distância, por exemplo. Na Grand Livina, só há regulagem de altura. Melhor do que nada, mas ainda é menos do que o necessário.

Outra falha acobertada pelo discurso de “não há necessidade” é a ausência de freios a disco nas rodas traseiras. Nem como opcionais. Tambores podem até ser eficientes (a maioria dos carros no Brasil os utiliza na traseira), mas uma Grand Livina merecia mais.

Ao volante

Em termos de consumo, usando gasolina, a Grand Livina atinge os índices de 11,4 km/l na cidade e 15,7 km/l na estrada com o câmbio manual de seis marchas. Vale lembrar que isso é pela norma NBR 7024, que não serve de referência ao consumo real do carro, mas sim como uma forma justa de comparação entre veículos de mesmo porte. Segundo essa norma, se o combustível for álcool, os índices passam respectivamente a 6,9 km/l e 9,4 km/l.

O câmbio automático da Grand Livina, como já dissemos na apresentação do carro, tem apenas quatro marchas. Isso, além do conversor de torque, acaba por torná-lo mais gastão que a versão manual, ainda que os números oficiais de consumo possam mostrar o contrário em algumas situações. Na estrada, segundo a Nissan, a Grand Livina é mais econômica com transmissão automática. Com gasolina, ela chega a 16,8 km/l. Com álcool, a 10,1 km/l. Na cidade, os números são pouca coisa piores: respectivamente 11,2 km/l e 6,7 km/l.

A Nissan, na apresentação do carro, exaltou o fato de o câmbio manual ter seis marchas, em vez de cinco, como um belo diferencial a favor da Grand Livina em relação à Livina. Com relação ao automático, ela silenciou. Com razão. O câmbio automático poderia ter tomado o mesmo rumo e ganhado uma marcha a mais. Com isso, ele se igualaria ao Honda Fit. Como se vê, em relação a ele, não havia o que exaltar.

Apesar de ter só quatro marchas, o câmbio da Grand Livina tem agilidade e casa direitinho com o motor, respondendo com rapidez a qualquer comando. Isso é algo que realmente merece elogios. Carros da Volkswagen, por exemplo, mesmo com câmbios automáticos de seis marchas, têm um comportamento estranho, de respostas lentas, possivelmente em razão do software de gerenciamento. Carregada, a Grand Livina deve tender a ter respostas mais preguiçosas.

No que se refere ao acabamento, a Grand Livina consegue manter o bom nível pelo qual a marca é conhecida. Considerando que ela é fabricada no Brasil (apesar de a propaganda da Nissan para a Livina ser em japonês), essa é uma tremenda conquista.

Em termos de comportamento dinâmico, a Nissan coloca a Grand Livina quase como uma perua, o que não é mentira. A nova minivan anda bem, se comporta de maneira neutra em curvas (não chega a empolgar), mas é menos divertida que a Livina, o que se explica pelo peso a mais.

Ainda que tenha muitos pontos em que melhorar, a nova Nissan deve conquistar clientes por ser um projeto novo e pelo seu preço atraente. Se a rede de revendas da marca se ampliar rapidamente, ela pode se tornar a nova vedete de seu segmento em pouco tempo.

Fente: Webmotors