sexta-feira, 21 de maio de 2010

Teto solar cai no gosto do brasileiro



Em 1965, quem comprasse o recém-lançado Volkswagen Fusca com teto solar poderia colocar a fidelidade de sua esposa em dúvida. Como quase tudo no Brasil, o carro ganhou um apelido jocoso e passou a ser chamado de Cornowagen. Como ninguém queria ter essa fama, o equipamento caiu no esquecimento e logo tirado de linha.


Com o tempo, o apelido caiu no esquecimento e o teto solar voltou com tudo, principalmente nos anos 80, em carros top de linha ou esportivos, como o Ford Escort XR3 ou o Volkswagen Santana EX. Depois da abertura das importações, no início dos anos 90, o equipamento passou a ter mais status e caindo no gosto de quem comprava os modelos mais caros.

Agora, estamos testemunhando outra mudança de comportamento envolvendo o teto solar. Ele está chegando também aos carros pequenos, uma onda iniciada pelo Peugeot 206 Moonlight, série especial que fez sucesso e voltou no 207 com o Quiksilver. A co-irmã Citroën foi atrás e colocou a série Solaris para o C3 Exclusive. Segundo a marca, a versão top ocupava 9% do mix de vendas do modelo, mas passou a 14% depois da adoção do teto solar.

Além dos franceses, o equipamento entrou na lista de opcionais de Fiat Punto, Volkswagen Polo e Fox. Não estranhe de logo ver Fiat Palio e Volkswagen Gol andando de teto aberto por aí. “Os clientes do segmento de compactos ‘premium’ gostam de ‘features’ diferenciados e a imagem jovem do veículo contribui para o sucesso deste equipamento em especial”, disse Ruy Águas, analista de mercado e produto da Citroën.

O preço ainda é um obstáculo para quem procura um compacto com teto solar. No Fiat Punto, o equipamento custa R$ 5.885 e está disponível nas versões ELX 1.4, HLX e Spoting 1.8 e T-Jet. Para o Fox, a Volkswagen pede R$ 2.250 e, no Polo, R$ 1.990. O Peugeot 207 Quiksilver é vendido com motor de 1,4 litro e custa R$ 39.800 com duas portas e R$ 41.600 com quatro. A versão 1.4 mais cara até então, a XRS, é vendida por R$ 38.700 já com as quatro portas. Para o C3, a Citroën manteve o preço do carro sem o equipamento. “Compensamos a perda da margem de lucro no veículo por um ganho de volume de vendas”.

Fonte.: Icarro

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